terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A Arena de Pernambuco, a Corrupção e Eduardo Campos

Governador de Pernambuco (2014) Eduardo Henrique Accioly Campos a´sb

  • O Estádio Governador Carlos Wilson Campos, conhecido como Arena de Pernambuco é um estádio de futebol construído em São Lourenço da Mata, município da região metropolitana de Recife, para os jogos da Copa das Confederações FIFA de 2013 e da Copa do Mundo FIFA de 2014 em Pernambuco.
Com padrão internacional, tem capacidade para 44.300 pessoas e 4.700 vagas de estacionamento, sendo 800 cobertas.
Após o Mundial, a Arena vem sendo usada para jogos de futebol, outras competições esportivas, feiras, convenções, shows e grandes espetáculos dos mais variados portes e tamanhos. Paralelamente a isso, a Arena de Pernambuco também sedia eventos privados, como confraternizações de empresas e firmas, além de reuniões comerciais, com mais de 25 espaços diferentes para eventos.
O custo foi de sua obra foi de R$ 532 milhões. A Arena, atualmente, é administrada pelo Governo de Pernambuco, Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer.

Investidores:
Odebrecht
  • A Odebrecht foi a empresa que ganhou a licitação para a construção e operação da Arena de Pernambuco para a Copa do Mundo de 2014. Na verdade, trata-se de um consórcio formado por duas empresas da organização, a Odebrecht Participações e Investimentos (OPI) e a Construtora Norberto Odebrecht (CNO).
A organização também é responsável pela construção de 1/3 das novas Arenas. Além da Arena de Pernambuco, a Odebrecht está construindo e/ou reformando a Arena Corinthians em São Paulo, a Arena Fonte Nova em Salvador e o Maracanã no Rio de Janeiro.

AEG e Aecom
  • A AEG (Anschutz Entertainment Group) é uma empresa americana, líder no mercado de entretenimento, esportivo e musical. Foi contratada pelo Consórcio Arena de Pernambuco para operar a arena pernambucana durante os 30 anos de concessão através da AEG Facilities. Ela opera mais de 100 arenas no mundo.=
Através da AEG Development, a empresa também é consultora no projeto da Cidade da Copa. A mesma empresa é responsável pela criação e administração do complexo L.A. Live, no centro de Los Angeles, onde estão localizados o Staples Center e o Nokia Theatre L.A. Live, do Home Depot Center em Carson na Califórnia e do The O2 em Londres.
  • Outra parceira do projeto é a empresa Aecom, que atua no desenvolvimento urbanístico e arquitetônico da Cidade da Copa, além de realizar os estudos de mercado. A mesma empresa foi responsável pelo projeto de Londres para as Olimpíadas de 2012.
Grupo Petrópolis:
  • Em Maio de 2013 o Grupo Petrópolis adquiriu os direitos de naming rights da Arena de Pernambuco, que passou a ser chamada de Itaipava Arena de Pernambuco. O valor da operação foi de R$ 100 milhões, pelo período de 10 anos, e prorrogável por mais dois períodos de mesma duração. O contrato concedia ao Grupo Petrópolis o direito de exclusividade para as bebidas Itaipava e TNT Energy Drink nos bares e restaurantes da arena.
Além de 100% do espaço publicitário na área externa e de 60% do espaço publicitário da área interna da arena. Durante os torneios da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, o Grupo Petrópolis não poderá exercer tais direitos, por não ser patrocinadora oficial dos eventos.

A Arena:
  • A construção e operação da Arena se deu através de uma Parceria Público Privada (PPP) entre o Governo de Pernambuco e o Consórcio Arena de Pernambuco. Pela PPP, a concessão é de 33 anos, incluindo os três anos de obras e o período de operação do espaço.
O contrato previa também o uso do terreno do entorno da arena como estratégia para desenvolver a zona Oeste da região metropolitana de Recife, local onde a Odebrecht iria desenvolver o complexo da Cidade da Copa.
  • Em junho de 2016, o estado de Pernambuco rompeu o contrato com a Odebrecht e assumiu a gestão da Arena de Pernambuco. Pela rescisão, vai pagar R$ 246,8 milhões à construtora nos próximos 15 anos. Um estudo encomendado à Fundação Getúlio Vargas (FGV) sugeriu ao Governo de Pernambuco que o contrato fosse rompido. Com a oficialização dessa rescisão, torna-se inválido também o contrato entre o Náutico e a concessionária..
Arquitetura
  • O espaço ocupará uma área aproximada de 50 hectares e tem 4.700 vagas de estacionamento, sendo 800 cobertas. Numa nova proposta para o Brasil, a arena terá bares e restaurantes, além de shopping center, cinemas, teatro, hotel e centro de convenções no seu entorno.Projetado pelo Escritório Fernandes Arquitetos & Associados, também responsável pelos projetos da Arena do Grêmio, Arena Ponte Preta e do novo Maracanã, o empreendimento contará com um estádio no padrão FIFA, com capacidade para 46.000 pessoas em assentos individuais e numerados para partidas de futebol e 63.000 pessoas para eventos musicais (com o uso do gramado).
Tecnologia:
  • Telões de LED em alta resolução;
  • Câmeras especiais com visão panorâmica 360º;
  • Iluminação e sonorização seguindo padrão internacional;
  • Aquecimento de água utilizando geradoras de última geração, alimentada a gás, com tecnologia Bosch Buderus (sistema de placas solares coletoras de alto rendimento).
  • Conforto
  • Diversas opções de convivência, como lounges, bares e restaurantes;
  • Amplo espaço para circulação;
  • 13 escadas rolantes, 8 elevadores e 4 rampas de acesso;
  • Múltipla setorização de assentos com mais opções para o público.
  • Segurança
  • Central de Comando e Controle com monitoramento do estádio e entorno;
  • Dispersão do público em apenas 8 minutos;
  • Agentes de segurança em todos os setores do estádio, garantindo o bem estar do público.
Mudança no Projeto
  • Dentre uma das medidas adotadas para acelerar as obras na Arena de Pernambuco, uma delas foi a substituição do revestimento do estádio. Antes, a Arena seria "embalada" por uma camada de vidro e alumínio. Pelo projeto atual, uma material conhecido por EFTE, famoso por conferir à Allianz Arena, estádio do Bayern de Munique, um aspecto de pneu, será o visual do palco pernambucano da Copa do Mundo.
O EFTE é uma espécie de plástico translúcido que permite que haja uma variação de cores em sua fachada. Em Pernambuco serão usados 20 mil metros quadrados do material, que foi importado da Alemanha e já está no canteiro de obras.
  • De acordo com Marcos Lessa, diretor-presidente do Consórcio Arena de Pernambuco, em Munique são lâmpadas que projetam a iluminação, enquanto o condutor LED será usado em Pernambuco. Lessa garante que a medida permitirá maior dinamismo na mudança do visual da fachada do estádio.
A Arena de Pernambuco está orçada em R$ 531 milhões. Os custos da nova fachada serão revelados após auditoria, mas o valor final deverá aumentar com a tecnologia adotada.Além de ter ficado célebre na Allianz Arena, o EFTE também foi o material predominante na fachada do Cubo d'Água, famoso parque aquático dos Jogos Olímpicos de Pequim.

Eventos esportivos:
  • A Arena de Pernambuco foi projetada para receber eventos como shows, partidas esportivas, além de feiras e congressos. Os principais eventos serão as Edições do Campeonato Pernambucano, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa do Nordeste. Todos os jogos tendo o Clube Náutico Capibaribe como mandante.
Além dos Campeonatos Nacionais, a Arena foi sede das Copas das Confederações Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014. O jogo inaugural da Arena ocorreu em 22 de maio de 2013, numa partida internacional entre o Clube Náutico Capibaribe e o Sporting Club de Portugal, com placar final de 1 a 1. Em 2013 a Arena também foi sede de jogos da Copa Sul-Americana de Futebol.
Há a possibilidade, também, de ser usada em outros esportes, como o futebol americano

Irregularidades no Arena Pernambuco podem levar R$ 1,9 bilhão dos cofres públicos

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A Arena de Pernambuco